terça-feira, 8 de abril de 2008

ATO II: Do Recomeço

Cena I
Dos Sentimentos Passados

Eu fecho e abro os olhos e não vejo nada, nada alem do nada,
nada sobreposto ao nada.
Uma vastidão arida outrora conhecida como minha vida.
Um campo seco e escuro aonde nada floresce.
Um deserto frio de pedras esculpidas delicadamente pelo vento cortante.
Vejo a minha pele pálida refletida no meu sangue derramado.
Vejo um corpo marcado por cicatrizes sem sentido.
Elas doem de forma suave e leve.
um ocre odor paira ao me redor,
como o cheiro de coisas velhas,
empoeiradas,
tomadas pelo tempo voraz,
E nesse cenario, amarelado como uma fotografia antiga,
eu conto os segundos que definham a teia da minha existencia.

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