sábado, 25 de outubro de 2008

ATO II: Do Recomeço

Cena III
Dos Desejos e Dos Sonhos
De que se alimenta uma alma?
De desejos, estranhos, insános, ilógicos.
Matéria obscura dos sonhos.
Os proprios sonhos.
A síntese dos sonhos.
O desejo, a vontade, o anseio,
seio de toda a vontade.
O receio.
Os medos e receios dos desejos e sonhos,
e ainda sim sonho.
Sonho sobre meus desejos.
Anseio não mais ter receios,
de tecer meus sonhos com desejos.
A vontade de sonhar sem receio.
sem o medo de anseios,
que atormentam meu sono,
repleto de sonhos.
Desejo, sonho, quero meus anseios,
e nem sei, se sei,
os sonhos sobre os quais desejo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

ATO II: Do Recomeço

Cena II
Das Incertezas

E então, o chão desaba, e nossas certezas são varridas com plumas, como grão se areia em meio a uma tempestade.
Quão insolito é ver todas as nossas verdades estiradas no chão.
É desolador, eu sei, é triste e angustiante.
A maré vira, e as ondas de incerteza nos engolem, nos sufocam, estamos por fim desnorteados, soltos no espaço e no tempo, flutuando no vazio infinito causado pela ausencia de tudo aquilo em que um dia acreditamos.
Mas esse caos cruel e avassalador, é a única coisa forte o suficiente para arar o campo de nossa existencia, permitindo que novas posssibilidade floresçam.
Lembrem-se, é nescessário morrer pra renascer.

terça-feira, 8 de abril de 2008

ATO II: Do Recomeço

Cena I
Dos Sentimentos Passados

Eu fecho e abro os olhos e não vejo nada, nada alem do nada,
nada sobreposto ao nada.
Uma vastidão arida outrora conhecida como minha vida.
Um campo seco e escuro aonde nada floresce.
Um deserto frio de pedras esculpidas delicadamente pelo vento cortante.
Vejo a minha pele pálida refletida no meu sangue derramado.
Vejo um corpo marcado por cicatrizes sem sentido.
Elas doem de forma suave e leve.
um ocre odor paira ao me redor,
como o cheiro de coisas velhas,
empoeiradas,
tomadas pelo tempo voraz,
E nesse cenario, amarelado como uma fotografia antiga,
eu conto os segundos que definham a teia da minha existencia.

ATO II: Do Recomeço

Pausa
Das Auto-Propagandas


Antes de continuar com minhas insanidades usuais, gostaria de parar um momento pra fazer uma propagandazinha básica, que eu acho que merece ser feita.
Eu, desde o início do mês, também posto em um outro blog, chamado Metamorfose, que trata sobre diferentes angulos da vida cotidiana, para aqueles que tem a intenção de manter a mente aberta.
Eu fui convidado por um amigo, nós dois e um outro amigo fazemos paste do grupo de postadores oficiais, e cada um de nós posta semanalmente.
No mais, o link para o blog está ali ao lado na barra de favoritos, espero que deem uma olhada, alias não só nele, mas em todos os blogs que estão ali, garanto que cada um deles vale a pena.

ATO II: Do Recomeço

Introdução
Do Início Reescrito

De volta, mais cedo do que parecia.
Espero continuar a postar daqui pra frente, com mais constância e menos intensidade(me refiro a intensidade, como a quantidade de posts diarios, e não a intensidade de sentimento que coloco em cada post, essa segunda intensidade não posso e nem devo mudar, alias nem quero).
E espero acima de tudo, continuar sendo eu mesmo, mesmo que de forma diferente.

ATO I: Dos Meros Acasos

Epílogo
Do Fim

Encerro esse ato, assim como esse ultimo mês encerrou uma fase em minha vida, de forma abrupta, porem necessária.
Isso não é fim, é apenas um espaço para um começo diferente.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

ATO I: Dos Meros Acasos

Interlúdio IV
Dos Problemas Invisíveis

"I have a problem that I cannot explain,
I have no reason why it should have been so plain,
Have no question, but I sure have excuse,
I lack the reason why I should be so confused."
(System of a Down - Roulette)